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Casamento Disfuncional

17/09/2011

As dores e comportamentos presentes na vida do casal

Por Luciana Kotaka

 A famosa frase: “até que a morte os separe” tem um valor superestimado, ainda nos dias de hoje. Ouvimos diversas histórias sobre casamentos, em que não existe mais compatibilidade entre o casal, mas algo os prende nessa união disfuncional.

Em nossa cultura, escolhemos um parceiro para dividir nossa vida, formar uma família, e quando dizemos o sim, normalmente o fazemos com o desejo de envelhecermos juntos. Existe todo um imaginário que ronda as pessoas, onde se constrói castelos recheados de sonhos, em cima do afeto que sente pelo parceiro. Não paramos para pensar nas diferenças culturais, ou mesmo familiares, que vem junto com o “pacote casamento”.

Isso se explica pelo fato de que apaixonados, e não pensamos nas diferenças existentes. Claro que quando amamos, temos a tendência a superar alguns obstáculos, até porque viver a diferença é enriquecedor. Porém com a convivência diária, passamos a mostrar nosso verdadeiro “eu”, deixamos de lado alguns comportamentos doces, em função da rotina, da correria, e mesmo pelo fato da acomodação pelo o que o casamento passa.

Porém, nem todos têm condições para lidar com essa nova realidade, nem para tolerar as frustrações que a relação começa a apresentar. Desmoronam os sonhos, e a relação que no início era harmoniosa, se transforma em discussões e acusações, e nos perdemos nessa onda imensa que toma a vida do casal. Se ensinados pelos nossos pais, pela a vida, a nadar e contornar as pequenas e grandes ondas, a relação se fortalece e sobrevivemos. Mas se não temos essa condição, acabamos nos afogando no meio de tantas discussões e diferenças no casamento.

Quem não tem algum conhecido que passa por essa situação? Ou mesmo viveram na pele os estragos que uma relação desarmoniosa pode provocar?
É importante poder contextualizar e rever crenças que criamos em relação ao casamento, procurando ajuda profissional. Quando estamos envolvidos na relação, não temos percepção do quanto à relação é dupla, e não uma via única, dependendo da ação do casal para que o casamento se ajuste, e juntos possam reconstruir a vida.
Mas o que acontece muitas vezes, é que pelo fato de estar tão centrado em acusar o outro da relação ruim vivenciada, a pessoa acaba se esquecendo de olhar para si mesma e toma nas mãos a responsabilidade de realizar ações assertivas em busca da harmonia da relação.

Nada como parar para refletir e buscar as soluções como o diálogo, o carinho, a tolerância, como ações iniciais para a recuperação do casamento, sendo importante lembrar que as ações dependem das duas partes envolvidas, e não somente por um dos parceiros.

http://www.dicasdemulher.com.br/casamento-disfuncional/
 
Luciana Kotaka – Psicóloga Clínica

Especialista em Obesidade e Transtornos Alimentares

Curitiba-PR

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