Mundo Mulher

Depressão paterna


07/08/2012

Keila Cristiuma, diretora da Sempre Materna, conversa com Ivan Morao- psiquiatria do Hospital e Maternidade São Luiz
 
Mais do que deixar o papai triste, a doença pode gerar dificuldades no desenvolvimento do recém-nascido
 
“Quem pensa que só a mulher sofre com as transformações gestacionais e com a chegada do bebê está enganado. Embora nem sempre admitido pela ala masculina, a depressão paterna é fator que assombra a vida de alguns casais”, ressalta Keila Cristiuma, diretora da marca Sempre Materna.
 
Ansiedade, insegurança, abandono, rejeição e instabilidade resumem em poucas palavras o problema. A felicidade parece ser comum na espera do novo membro da família, porém os sentimentos podem ser conturbados.
 
Segundo o chefe do serviço de psiquiatria do Hospital e Maternidade São Luiz, Ivan Morao Dias, a vida que era levada a dois precisa dividir o espaço com mais um integrante: o bebê. “A dedicação excessiva da mulher em função dos cuidados com o novo ser afasta o marido e o faz sentir-se distante e fora do triângulo familiar. É quando aparecem os mais variados sintomas”.
 
Ainda segundo o especialista, cada pai reage de uma maneira. Há os que se sentem desvalorizados em casa e buscam atividades na rua. Outros que se isolam por sentirem-se desprezados e também existem aqueles que têm temor de abandono e para ganharem mais atenção dedicam-se aos serviços de casa e ficam extremamente participativos nos preparativos e nos cuidados com o filho. “Não há uma fórmula de sentimentos, cada homem reage de uma maneira e esses sintomas podem prejudicar não só o relacionamento do casal como também influenciar profissionalmente”, afirma.
 
Ele x Ela
 
Mas, qual a diferença dele e dela? Morao esclarece que a principal distinção de gêneros na depressão é a demonstração. “A mulher tende para maior sensibilidade e oscilação de humor, ou seja, mostra-se fragilizada. Já o homem resiste mais a exposição e falseia seus sentimentos, o que dificulta os dados estatísticos e pesquisas.”
 
Para que essa instabilidade não destrua casamento e emprego, a união do casal é essencial, inclusive durante a gravidez. Para o psiquiatra, além dos benefícios clínicos do pré-natal para a mamãe e o bebê, essa fase também é importante momento para a investigação psicológica do futuro papai.
 
Com a ajuda do obstetra a parceira deve ficar atenta aos sintomas. “Caso perceba mudanças no comportamento do companheiro é indicado passar segurança e envolvê-lo o máximo possível na rotina com o bebê, sem dispensar, claro, a ajuda de um profissional especializado”, aconselha.
 
Preserve!
 
Atenção casais! O personagem principal que deve ser poupado nessa história é o próprio bebê, já que a tristeza do pai pode também desestabilizar a mãe e trazer prejuízos ao pequeno. “O recém-nascido, é totalmente desprovido de recursos próprios e necessita de conforto e apoio materno e paterno. Logo, a instabilidade dos pais pode gerar angústia e ansiedade que prejudicam os estímulos e, consequentemente, desenvolvimento e comportamento da criança”, finaliza.
 
 
Sobre a Sempre Materna
A Sempre Materna se tornou grife confiável de cursos para gestantes, mamães, bebês, cuidadores e vovós. São dez anos em ações especiais, entre elas, o “In Company”, que atende empresas como Vivo, Telefonica, Ericsson, Tam, Claro, Amil, Drogaria São Paulo, Reckitt Benckiser, Pfizer, PB KIDS, Drogasil entre outras.
 
Já o Sempre Materna Vip nasceu do desejo das mamães em ter atendimento personalizado e individual no conforto de casa (algumas com gravidez de risco) ou o atendimento Delivery para auxiliar as mamães de primeira viagem nos cuidados com o bebê logo após a alta da maternidade.
 
A empresa ainda oferece cursos para Casais (City), recebendo-os em São Paulo, com passeios, atividades ou organizando viagens (Trip) – aliando treinamento para gestante com momentos para namorar e relaxar em hotéis fazenda.
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Andrea Feliconio -  andrea@andreafeliconio.com.br.

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