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Sexo Após os 50

Sexo Após os 50


Até bem pouco tempo atrás, as pessoas davam como certa e incontestável a perda gradativa do desejo sexual e, conseqüentemente, da atividade em si. Às vésperas do lançamento de um medicamento para as mulheres, equivalente aos comprimidinhos azuis que chegaram ao mercado há quase dez anos para garantir a virilidade dos homens, especialistas explicam o que acontece com a vida sexual depois dos 50.

"Ao contrário do que se pensava nos anos 80, acreditando que a disfunção sexual (DS) estava diretamente relacionada a fatores psicológicos, hoje sabemos que a grande maioria das pessoas apresenta dificuldade ou desinteresse sexual em virtude de algum componente orgânico", diz o doutor Paulo Rodrigues, urologista do Hospital Santa Paula.

Segundo o médico, cardiopatas, diabéticos, fumantes, hipercolesterolêmicos (que têm colesterol alto) e hipertensos podem desenvolver disfunção erétil mais cedo que outros homens. "Uma avaliação individual do paciente poderá definir um tipo de conduta para melhorar a vida sexual do paciente. Além do uso de substâncias que aumentam a oxigenação dos corpos cavernosos, garantindo ereção mais prolongada, há que se definir o uso ou não de hormônios, que, apesar de controverso, tem se revelado um poderoso potencializador do bem-estar pessoal e vigor físico".

No caso das mulheres, o período pós-menopausa pode ser vivido com alegria e qualidade de vida, desde que haja acompanhamento de um endocrinologista. "Há alguns anos, a terapia hormonal (TH) só não era empregada em pacientes que apresentassem contra-indicações. Atualmente, de preferência, se opta pela TH nos casos em que existam indicações, como osteoporose, fogachos (sensações de calor intenso) e alterações genitourinárias. Há que se pesar, inclusive, a importância da lubrificação vaginal e do controle das variações de humor como componentes fundamentais para manter uma boa relação com o parceiro", diz a médica endocrinologista Dolores Pardini, professora da Unifesp.

A médica também adverte as mulheres quanto à incontinência urinária, tão comum no climatério. "Nunca pensem que deixar 'escapar' urina, independentemente da quantidade, é normal. Nem durante longas risadas, nem ao tossir. Esse é um problema social que inibe muito as pacientes, uma vez que são obrigadas a usar absorventes constantemente, o que acaba provocando assaduras e alterando a flora vaginal. Existem tratamentos específicos para a incontinência urinária. Fisioterapia é um deles".

Fontes: Dra. Dolores Pardini, endocrinologista e professora da Unifesp e Dr. Paulo Rodrigues, urologista do Hospital Santa Paul

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