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Menopausa Tranqüila

De acordo com uma pesquisa nacional da The North American Menopause Society (AMS), conduzida pela Organização Gallup, os sintomas relacionados com a menopausa, tais como fogachos e sudorese noturna, estão relacionados a uma piora da qualidade de vida (QOF), porém a terapia hormonal (estrogênio ou estrogênio associado com um progestogênio), mantém a QOF no mesmo nível das mulheres sem sintomas.

Alguns resultados da pesquisa serão apresentados em 2 de Outubro, na 13ª Reunião Anual da NAMS, em Chicago, IL.

O Diretor Executivo da NAMS, Dr. Wulf H. Utian, PhD., afirmou que "esta pesquisa sobre mulheres na pós-menopausa utilizou não apenas um índice QOL validado que mede os aspectos de saúde, emocional, sexual e ocupacional (Escala de Qualidade de Vida Utian), mas também o perfil sintomático (Escala Climatérica Greene).

O resultado mais significante foi que a terapia hormonal permite que as mulheres com sintomas da menopausa tenham a mesma QOL das mulheres sem sintomas.

" As pontuações para QOL, em todos os 4 aspectos, apresentaram melhoras com a terapia hormonal em mulheres sintomáticas.

Com isto, aquelas pontuações, na realidade, foram melhores do que as pontuações da QOL de mulheres não sintomáticas, que não fazem o tratamento hormonal.

Verificou-se que a terapia hormonal tem um efeito mais positivo sobre os fogachos, eguido pelo humor, sudorese noturna e sono. Entre as usuárias de hormônios, 40% declarou que a terapia foi mais eficaz em relação aos fogachos, 27% mencionou o humor, 15,5% a sudorese noturna, e 12,8 o sono.

A NAMS contratou a Organização Gallup para conduzir esta pesquisa aleatória por telefone, envolvendo mulheres americanas na pós- menopausa, com ou sem sintomas, idade entre 50 e 64 anos, e não histerectomizadas. Entre as 600 participantes, as usuárias da terapia hormonal somavam 37%.

Todas as análises foram conduzidas pela NAMS, cujas conclusões não implicam em qualquer endosso da Organização Gallup. Reação do Consumidor ao Cancelamento do WHI Por coincidência, no decorrer da pesquisa (após 267 entrevistas), o National Institutes of Health anunciou que a parte do experimento com estrogênio-progestina doWomen''s Health Initiative (WHI) havia sido cancelada antes do previsto porque os riscos haviam excedido os benefícios.

A NAMS suspendeu a pesquisa, e acrescentou uma outra pergunta para determinar se as participantes remanescentes tinham conhecimento da decisão do WHI.

Esta providência tornou possível determinar se as notícias afetaram a percepção das mulheres com relação à terapia hormonal e à sua QOL.

Entre as mulheres entrevistadas após a interrupção do WHI, 77% estava a par das novidades, percentagem essa similar entre as usuárias e não usuárias de hormônios, e a notícia teve impacto sobre a QOL das usuárias de hormônios.

Na comparação com os dados relativos à percepção das mulheres em relação à QOL antes do anúncio da WHI, era mais provável encontrar usuárias de hormônio que afirmassem sentir uma redução da QOL após as notícias; porém isso não ocorreu com as mulheres tratadas por 1 ou 2 anos.

Neste grupo, a QOL foi melhor. O Dr. Utian declarou que "obviamente, a publicidade relativa ao WHI causou preocupação entre as usuárias da terapia hormonal.

Entretanto, no caso das mulheres em tratamento de 1 a 2 anos, os relatos da mídia tendem a ser mais positivos, o que parece ter tido um efeito tranqüilizador para este grupo.""Uma das mensagens mais importantes desta pesquisa da NAMS é que todos nós, da área de saúde e da mídia, precisamos considerar o impacto que este tipo de noticias pode ter," concluiu o Dr. Utian

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