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Sexo mais cedo!

A revolução sexual, e todos os seus negativos, chegou à sociedade brasileira. A análise é da psicóloga Kívia Fernandes, especialista em terapia familiar.

A principal conseqüência, diz ela, é que a exploração do sexo está aguçando a curiosidade e o desejo das crianças, que imitam as roupas e os trejeitos de seus ídolos e estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo. Estatísticas do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) comprovam a iniciação sexual precoce.

Somente nos primeiros sete meses deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) já realizou mais de 32 mil partos entre adolescentes de dez a 14 anos, no país.

Na outra ponta da linha estão os pais que, apesar da revolução sexual, acham difícil conversar com os filhos sobre o assunto. Em entrevista à Rádio Nacional, a psicóloga Kívia Fernandes analisou os motivos pelos quais o sexo está chegando mais cedo e o que os pais devem fazer diante da situação.

Segundo Kívia, "a primeira coisa que os pais devem ter em mente é que as crianças de hoje vivem num ambiente diferente de antigamente, cercadas pelas amizades e pela mídia".

Neste novo ambiente, os pais são surpreendidos, a cada dia, com a quantidade de informações que chega a seus filhos. A história da cegonha virou lenda para crianças que desde de cedo aprendem que os bebês são frutos da relação sexual. A psicóloga alerta que, por isso, "não adianta esconder o sexo das crianças. É preciso estar junto para esclarecer e abrir um espaço para o assunto".

"A verdade é que a sexualidade está aí e que o sexo é poderoso. O que os pais não devem fazer é julgar e criar conceitos pré-concebidos sobre o assunto na mente das crianças", conclui Kívia.

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