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Vestibular: avanço ou regresso na forma de avaliar os candidatos?

Vestibular: avanço ou regresso na forma de avaliar os candidatos?

09/11/2012

Processos seletivos mais fáceis não testam adequadamente os alunos

Com o passar dos anos o número de cidadãos brasileiros que ingressaram nas universidades tem crescido cada vez mais. A tendência é que a quantidade de universitários aumente futuramente. Essa mudança de cenário decorre de alguns fatores como o crescimento da classe C e o aumento do poderio econômico de uma maior parcela da população.

Uma pesquisa divulgada pelo MEC no ano passado mostrou que o número de alunos que se formaram em cursos de graduação entre os anos de 2001 e 2010 saltou de 390 mil (2001) para 973,8 mil (2010). Entretanto há de se levar em consideração outros fatores responsáveis por esse aumento: o nível de qualidade do vestibular.

“Com o aumento da oferta de vagas de universidades e instituições de ensino privadas experimentado na última década, especialmente após 2005, com a criação de grandes grupos educacionais, ocorreu uma drástica mudança nos critérios concorrenciais relativos ao acesso ao ensino superior, que se dava por meio dos tradicionais Vestibulares Unificados”, relata Leandro Berchielli, diretor do grupo educacional IPEC - FAPPES.

Uma pesquisa divulgada pelo INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - no ano passado fez uma relação do número de candidatos inscritos no processo seletivo para cada vaga oferecida pelas instituições. O resultado foi que em média apenas 50% das vagas vêm sendo preenchidas.

“Essa situação traz um sério problema. A princípio, o vestibular ou processo seletivo, em casos que haja concorrência de candidatos superior a de oferta de vagas, serve para selecionar os melhores e ‘cortar’ os que não se enquadrarem na nota mínima para preenchimento das vagas” afirma Berchielli.

Ele completa que diante deste novo cenário de oferta de vagas surge uma necessidade secundária que é a de verificar a aptidão do candidato para progressão de seus estudos no Ensino Superior - representado muitas vezes por um processo seletivo que leva apenas em conta conhecimentos objetivos, sem que haja uma investigação do perfil individual do aluno, o que aumenta drasticamente a evasão escolar do curso por falta de orientação ou direcionamento do candidato, que na maioria dos casos é jovem e ainda não está certo de sua decisão.

“Em casos extremos, cria-se um falso sistema de avaliação que mais se assemelha a um sistema de progressão continuada, inserindo no mercado de trabalho, ao final do curso, inúmeros profissionais diplomados sem condições de exercer a profissão de formação”, diz Berchielli.

Algumas instituições universitárias sérias ao invés de aplicarem o vestibular convencional usam novos métodos para avaliarem o aprendizado de seus candidatos. É o caso do grupo educacional IPEC - FAPPES que aplica o processo seletivo em duas etapas, sendo a primeira uma prova agendada e, a segunda, uma entrevista individual com o Diretor ou Coordenador do Curso. 

A fim de facilitar o ingresso no Ensino Superior, algumas faculdades, incluindo a FAPPES, aderiram ao FIES – Fundo de Financiamento Estudantil. Trata-se de um fundo do Ministério da Educação subsidiado pelo Governo Federal destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas. “Esse método possui os juros mais baixos do mercado, de apenas 3,4% e início do pagamento do débito somente após 18 meses da conclusão do curso”, conclui Berchielli.

Elaborar meios como o FIES que facilitem o ingresso do aluno nas universidades é um belo exemplo de como ajudar os cidadãos a crescerem profissionalmente. Entretanto, a principal porta de entrada para o Ensino Superior, que é aquela que avalia o grau de conhecimento dos candidatos para saber se eles estão prontos ou não para avançarem mais um passo, precisa ser muito bem aplicada e com o devido rigor, sendo este um dos grandes fatores que influenciará diretamente a qualidade dos futuros formandos egressos do ensino superior.

Mais informações: (11) 3112-1550 / www.fappes.edu.br
Mariana Mascarenhas / lucky@luckyassessoria.com.br

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