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Romântico: ser ou não ser?

Romântico: ser ou não ser?

12/06/2011

Há pessoas que mantêm os rituais românticos na relação com sua cara-metade, mas também há quem prefira dispensar os galanteios em nome da liberdade

E não é que ele é um namorado à moda antiga, daqueles que ainda mandam flores? A empresária e dentista Claudini Costa Machado adora esse jeito do advogado Augusto Mazza. "Nossa relação é muito à moda antiga", confessa ela, apaixonada. Neste Dia dos Namorados, muitos casais vão comemorar a data com um jantar romântico, uma noite especial, um chamego sem fim. O amor romântico, daqueles com direito a príncipe encantado e juras de amor eterno, no entanto, já não é uma unanimidade. Há quem prefira curtir a vida, mesmo que não receba tantas rosas e bombons. Há quem priorize a liberdade às declarações de amor ao pé do ouvido (ver texto na página 3) . Mas existem - e eles são muitos - os que não abrem mão de gestos carinhosos que consolidem a relação.

Funcionário de uma empresa de telefonia, Antônio Alberto Bluemenschein, 30 anos, sempre gostou de cozinhar. Ao conhecer a advogada Lara Palma Barbosa, 26, ele teve ainda mais motivos, agora bem especiais, para experimentar suas receitas. "Nós namoramos há seis anos e sempre fomos muito românticos", diz. "Estou sempre dando presentes para ela e agora também preparo jantares a dois para a gente." Ele está fazendo um curso de gastronomia para garantir que a amada seja fisgada não só pelo coração, mas também pelo estômago. "Estou unindo o útil ao agradável. A gente se reúne, toma um vinho. Acho que esses momentos são muito importantes para um casal. Eles reforçam os laços, cria mais cumplicidade entre a gente."

Antônio e Lara se conheceram no trabalho e compartilharam esse ambiente por mais de um ano sem que nada rolasse. Um dia, depois de uma festa em uma boate, rolou. "Eu ofereci uma carona e a gente acabou ficando." O namoro começou em sigilo e por mais de um mês eles esconderam dos colegas que estavam se conhecendo melhor. "Não queríamos envolver mais ninguém."

Tatuagem

Desde o início, porém, o romantismo deu o tom da relação. Presentes, afagos, pequenas atitudes que, para eles, fizeram toda a diferença. Quando completaram sete meses de namoro, Antônio fez algo mais radical para mostrar seus sentimentos. Ele tatuou o rosto da amada em seu ombro esquerdo. "Eu sempre quis ter a tatuagem de uma índia. Mandei desenhar a índia, só que com o rosto dela."

Esses arroubos de romantismo nem sempre são bem compreendidos. A história da tatuagem, por exemplo, recebeu críticas. "Quem mais desaprovou foi a mãe da Lara. Ela achava arriscado que eu tivesse feito isso com tão pouco tempo de namoro." O tempo que o casal está junto, agora, já é bem mais longo, mas o cuidado para não deixar o romantismo morrer parece não ter diminuído.

Antônio ainda prepara pequenas surpresas para sua Lara, como cestas especias e exclusivas a cada Páscoa e presentes inesperados. Em sua opinião, é assim, bem romântico, que o namoro deve ser. "Eu gosto de relacionamentos duradouros, que tenham essa amizade e esse companheirismo. O melhor de tudo é que a recíproca é verdadeira. Ela também é muito carinhosa, muito romântica comigo."

Fonte: O Popular por Rogério Borges.

 

 

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