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A Dieta atual é baseada no seu Perfil Genético e não mais no tipo sanguíneo

23/10/2012

 

Um teste que avalia os genes é capaz de revelar a predisposição obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e colesterol alto. Com informações valiosas sobre a genética do paciente, nutrólogos, nutricionistas e personal trainers elaboram estratégias que visam o emagrecimento e a promoção da saúde.


Exame direciona as mudanças na alimentação e a prática de exercícios físicos conforme as características genéticas do indivíduo.

Os genes, pequenas unidades do DNA, guardam segredos poderosos sobre o corpo humano. Cada indivíduo possui as suas próprias combinações dentro das células, formando um código genético único. A partir da análise dos genes é possível entender as interações entre as características genéticas e o ambiente. “A alimentação e os hábitos de vida de uma pessoa se relacionam com os genes, resultando na pré-disposição para doenças ou na eliminação de fatores de riscos para determinadas enfermidades”, explica o nutrólogo Maximo Asinelli.
 

Os avanços na ciência permitiram o uso deste tipo de informação para elaborar tratamentos de prevenção personalizados, de acordo com a genética do paciente. Denominada Nutrigenômica, esta ciência utiliza os dados genéticos para identificar os genes que podem desencadear doenças. “O indivíduo pode ter uma tendência à determinada patologia, porém, ela pode permanecer adormecida por vários anos. O estilo de vida pode acionar o gene ligado ao diabetes, por exemplo, e a doença vir à tona”, esclarece o especialista.
Hábitos nocivos à saúde, como tabagismo e a ingestão de álcool, sedentarismo e dieta inadequada são os principais fatores que ‘acordam’ os genes adormecidos.

Para diagnosticar os distúrbios relacionados à genética são feitos testes de diagnóstico biomolecular. “Com uma amostra da saliva ou de sangue capilar é possível saber quais nutrientes podem ativar ou controlar o gene que favorece o surgimento de uma doença. Com este conhecimento, a alimentação se torna a principal aliada para evitar, controlar ou tratar patologias de qualquer gravidade”, ressalta Asinelli.
 
Genes denunciam predisposição a obesidade e doenças relacionadas
 
Diabetes, hipertensão, colesterol alto, problemas cardiovasculares e obesidade são doenças que podem ser diagnosticadas antes mesmo de serem ativadas no organismo. Com o teste genético, o médico pode observar as questões relacionadas aos seis genes da obesidade e os fatores de risco associados. Entre os aspectos que podem ser observados no resultado do teste estão:
 
- Metabolismo dos lipídios;
- Controle dos níveis de triglicerídeos circulantes;
- Doença Coronariana e Hipertrigliceridemia;
- Impacto da dieta por tipo de gordura;
- Acúmulo de lipídios no tecido adiposo;
- Sensibilidade à insulina e Diabetes Tipo 2;
- Relação entre a perda de peso, dieta e atividade física;
- Regulação da Lipólise e Termogênese;
- Doença arterial coronariana;
- Relação entre Obesidade, Hiperfagia e Controle da Saciedade;
- Sensibilidade à Insulina e Diabetes Tipo 2;
 
O médico, membro da Rede Brasileira de estudos em Nutrigenômica e da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), afirma que as vantagens deste exame são a rapidez, simplicidade e a segurança para o paciente. “A coleta do material biológico não envolve nenhum perigo, já que é pouco invasivo. Além disso, os resultados são mais assertivos. Em um exame de sangue, por exemplo, os resultados podem ser alterados pelos alimentos consumidos pelo paciente em dias anteriores a coleta. Já as informações colhidas sobre os genes não podem ser alteradas”, destaca.


Asinelli enfatiza que o perfil genético é fundamental para individualizar o tratamento e propor estratégias que atuem diretamente sobre os genes que favorecem o surgimento de doenças. “A dieta, os exercícios físicos e outros tratamentos podem ser adequados ao código genético do paciente, promovendo resultados mais eficazes. A obesidade, considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma patologia multifatorial, que exige uma abordagem multidisciplinar, com a presença de nutrólogos, nutricionistas, endocrinologistas e personal trainers”, observa.


Com o laudo do exame genético em mãos, o nutrólogo direciona o paciente para outras especialidades e orienta os profissionais sobre as necessidades do organismo do indivíduo e como são as interações entre os genes, a alimentação e os exercícios físicos. “Algumas pessoas precisam evitar certos alimentos, enquanto outras não. Uma corrida rápida pode surtir mais efeitos para certos indivíduos, enquanto outros conseguem emagrecer ou manter o seu peso com caminhadas longas. Tudo depende da genética de cada um”, evidencia.


No Brasil, o teste genético é realizado com exclusividade no Paraná, pela Clínica Asinelli, precursora do teste biomolecular GENOTEST, da EoCyte, empresa especializada em Medicina Personalizada. No âmbito da Nutrigenômica, o exame genético é capaz de identificar predisposição a sobrepeso, obesidade, doença celíaca (intolerância a glúten) e deficiência da enzima lactase (intolerância a lactose). “O exame dos genes é uma tendência cada vez mais forte na área da saúde e em breve será utilizado por diversos outros profissionais”, acredita.


O teste pode servir como um alerta para prevenção da obesidade, eliminar a possibilidade do surgimento da doença e enfermidades correlacionadas em pacientes sintomáticos ou tratamento da patologia. O exame ainda mostra o desenvolvimento e a evolução das doenças em crianças e adultos e revela dados sobre patologias hereditárias. “A Dieta do DNA traz mais benefícios, pois o paciente passa a compreender o que acontece em seu organismo, reduzindo a natural resistência para adesão ao tratamento, e é incentivado pelos resultados obtidos a não desistir”, acrescenta.


Doutor Maximo Asinelli (CRM-Pr 13037) - Médico Nutrólogo
Site: http://www.clinicaasinelli.com
Email: maximoasinelli@terra.com.br

Verônica Pacheco - veronica@todacomunicacao.com.br

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