Mundo Mulher

Quem leva um bolo nunca esquece... e sempre continua levando mais

Por Letícia Vidica

Sejam bem-vindas e bem-vindos! A partir de agora, vou dividir com vocês - minhas caras leitoras - as angústias do nosso tão complicado universo feminino. (Os homens não se sintam encabulados. Fiquem à vontade para tentar nos entender). Quinzenalmente, publicarei nesse espaço as histórias, as quais publico há um ano em meu blog 'Papo de Calcinha', através das confusões da nossa personagem virtual Diana, uma publicitária de 25 anos na busca incessante do homem perfeito (ou do príncipe encantado) se ele existir. Ao final de cada história, quero ouvir a sua opinião. Divida comigo suas histórias, experiência, curiosidades, críticas, sugestões e qualquer blábláblá. Acesse as histórias aqui publicadas e muitas outras em papodecalcinha.blogspot.com Faça parte também de nossa comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=42177187 Um grande abraço, Letícia Vidica

Parece que nós mulheres temos o dom de levar um 'bolo'. Algo me diz que nosso instinto feminino ou atrai esse tipo de situação ou simplesmente ama inconscientemente esse tipo de situação. Eu já levei uns 15.000.000.000 bilhões de bolos, foras, tortas e outros doces mais, porém nunca aprendo com eles.

O próximo é sempre pior que o anterior e eu sempre mais besta também. Há duas semanas, levei um daqueles! Com direito a recheio, chantilly e cereja. Vou contar: Tem um carinha da minha academia que eu sempre achei 'gatérrimo', mas até então ele nem me dava bola. Mas um dia - por falta de espaço e equipamento - ele resolveu vir malhar na esteira ao meu lado.

Fiquei super empolgada e pensando em mil formas de começar um assunto. Porém, ele foi mais rápido e puxou conversa da forma mais simples e comum: 'que horas são, por favor?'. Naquele momento, esqueci completamente como se vê as horas num relógio (detalhe!) digital. Depois do horário, começamos uma conversa cordial. E dali pra frente, me sentia no direito de cumprimentá-lo toda vez que o encontrava na academia. Não sei porquê, mas nos encontrávamos sempre no mesmo horário?!

Após longas semanas de bom dia, boa tarde, boa noite...começamos a contar mais de nossas vidas.

Ele, Paulo, 30 anos (homem maduro ou um imaturo homem), bancário e lindo.

Eu, Diana, 28 (idade perfeita), publicitária, pobre e na caça de um namorado!!!!

- E aí, Di? Quando vai rolar o primeiro encontro com o cara da academia?

- perguntou Betina em uma das nossas típicas sextas-feiras no bar do Jorgão, onde a gente deixa todo nosso stress da semana numas 12 garrafas de Brahma

- Você nem sabe...vamos sair amanhã. Ele me convidou para jantar. - eu disse toda feliz - Jantar? Mas que romântico!!

E aí já preparou o kit primeiro encontro?

- questionou Lili, minha outra melhor amiga - Kit? Que kit?! - Isso que dá ficar muito tempo de molho.

Amiga, acorda! Você vai sair com um homem lindo e acha que vai voltar para casa e dormir? Querida, depilação, lingerie nova e um bom perfume é tudo num primeiro encontro.

- Poxa, é verdade...fui!!! - deixei o dinheiro na mesa e saí correndo. Afinal de contas, 24h era muito pouco para ajeitar tudo isso.

Sábado, 18h. Acabei de chegar do cabeleireiro. Mais de cinco horas entre manicure, depilação, escova e as fofocas daquelas mulheres que adoram ir ao salão no final de semana para contar da vida e falar mal dos outros. Estou super atrasada. Que roupa vestir? Tenho apenas 3 horas para me decidir. Parada frente ao espelho, penso: 'Esse vestido vermelho? Provocante demais. Ele vai logo achar que eu só quero sexo.

Que tal esse terninho? Não, não... formal demais. Desse jeito, ele vai achar que está saindo com a mãe ou com a chefe. Um jeans? Casual demais...' Depois de duas horas e meia decidindo o que vestir, algo me caiu perfeito. Corri pra maquiagem, retoque final na roupa, última passada no espelho. 21h. 'Daqui a pouco, o Paulo deve estar chegando. Fica calma, respira.' 21h30. É, ele deve estar um pouco atrasado. Afinal, o trânsito de São Paulo é um caos. 22h30. O pneu dele deve ter furado e a bateria do celular descarregou. 23h30. Não é possível, mais um não. Poxa, o que será que aconteceu? Mas nem um telefonema? Será que a mãe dele morreu?! Fim da noite: fui pra cama com 3 latas de cerveja, uma caixa de bombom e um cd do Fábio Jr.

Mais um bolo pra minha coleção, mas que sabor terá esse? (rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr)

- E aí, Di, como foi a noite ontem? Foi boa?

- perguntou a Betina, que não agüentou de curiosidade e me ligou logo cedo

- Se tivesse tido noite. Levei mais um bolo amiga.

- Não creio. E ele não ligou?

- Parece até que você não conhece homem. Já viu explicação de homem furão? Nas semanas seguintes, parece que estrategicamente a gente não se viu e ele nem ligou. Mas, como meu santo é forte, um dia a gente se trombou na porta da academia. Ele me olhou com cara de quem não sabe que desculpa inventar. E eu com minha boca maior que o universo não resisti e perguntei.

- E sua mãe, melhorou?

- Minha mãe?

- É, ela não ficou doente naquele dia que a gente ia jantar? - perguntei irônica e 'idiotamente'

- Putz, é mesmo, sabe o que é...

- Olha, Paulo, não estou te cobrando nada não. Só fiquei preocupada. Boa malhação. - Virei as costas e fui embora.

Não tenho mais saco para ouvir a mesma desculpa. E você, amiga, tem? Papo de calcinha: Já levou um bolo? Como foi? Conta pra gente (Ah, se você for homem, por favor, me explica qual a sensação de dar um bolo numa pobre mulher) Acesse essa e mais outras histórias em papodecalcinha.blogspot.com Envie suas criticas, sugestões e opiniões para lericiav@gmail.com


http://modarougebatom.blog.terra.com.br/

Mundo Mulher
Mundo Mulher
Mundo Mulher
box_veja